sábado, 4 de janeiro de 2014

Yoga: O Despertar da Paz Infinita

Tudo bem com vocês?
Pensem e sintam antes de responder. Sejam sinceros. Tudo em paz?
Tenho certeza que sim. Neste momento vocês estão em paz. Em verdade, vocês sempre estão em paz, não é?
Por mais que pareça não ser essa a realidade, essa é sua única realidade: paz! Mas essa paz só pode ser percebida por aqueles que têm olhos que veem e ouvidos que ouvem. Porém, independentemente de estar sendo percebida agora ou não, ela está presente.
Quando olhamos para o céu, e ele está encoberto pelas nuvens, não vemos o Sol, mas o Sol está lá. Se alguém ultrapassar os limites das nuvens num avião, poderá ver o Sol, e, ao mesmo tempo, aqueles que continuaram lá em baixo continuam sem vê-lo. O que está no avião tem olhos que vêem e ouvidos que ouvem, enquanto os outros não.
Os olhos que não veem e os ouvidos que não ouvem correspondem aos nossos sentidos físicos, que nos colocam em contato com o mundo externo. E passamos a procurar a paz nesse campo. Assim, passamos a vivenciar um mundo que não passa de miragem, que não tem a possibilidade de oferecer-nos paz permanente. Por acreditarmos ser esse mundo o real, também acreditamos que nunca estaremos realmente em paz.
Então, o que fazer? Peguem o avião. Despertem seus olhos que veem e seus ouvidos que ouvem. Deixem de acreditar infantilmente no que apontam seus sentidos físicos e voltem sua atenção para dentro. Entrem em contato com sua intuição. Sua intuição é o avião que os elevará acima das nuvens dos pensamentos mundanos, da percepção sensória.
Como fazer essa transição da visão mundana para visão espiritual? Primeiro, saibam que a visão espiritual já está em vocês. É sua visão. Se vocês conseguirem reconhecer a visão mundana como falsa e, a partir daí, não se identificarem com ela, a visão espiritual vai despertar espontaneamente. Da mesma maneira que o Sol se evidencia para todos quando as nuvens se dissipam.
Como reconhecer a visão mundana como falsa? Essa pergunta é realmente importante. Lembrem-se de que no momento em que vocês não se sentem absolutamente em paz, sua noção de mundo real é fundamentada em suas mentes pensantes. “Sua” maneira de pensar entende que o mundo físico é real. É também em “seus” pensamentos que surge a Idéia de não haver paz permanente. Mas olhem com atenção para os “seus” pensamentos, talvez olhando pela primeira vez com os olhos que veem.Percebam que eles surgem mesmo quando vocês não decidem pensar, percebam que eles surgem mesmo quando vocês não se esforçam para pensar. Vocês conseguem perceber o quanto essa compreensão é significativa? Pois pode levar vocês ao embarque no avião que os elevará acima das nuvens e lhes mostrará o Sol incessantemente presente, mas antes velado.
Se os pensamentos surgem sem vocês desejarem pensar e sem fazerem nenhum esforço para pensar, nesse momento, quem está pensando? Temos a equivocada sensação de que “eu estou pensando”. Mas olhem, mais uma vez, com os olhos que veem. Se vocês não desejam pensar, para isso não se esforçam e, mesmo assim, seguem surgindo os pensamentos, como podem afirmar que “sou eu que estou pensando”? Quem está pensando então? Quem é você?
Quando respondem que “sou eu que estou pensando”, vocês seguem abaixo das nuvens, impossibilitados de ver o Sol, mas o Sol está lá! Porém, quando percebem que é a mente que está pensando, e vocês são a consciência que pode perceber e não identificar-se com os pensamentos gerados pela mente; quando perceberem ser vocês Aquele que observa a mente e não é afetado por ela, nesse momento vocês entraram no avião, despertaram os olhos que veem e os ouvidos que ouvem. Vocês já podem ver o Eu verdadeiro/Sol acima da falsa noção de eu/nuvens.
Sustentem essa experiência que lhes mostra não serem vocês a mente pensante. À medida que forem capazes de permanecer mais tempo na condição de observadores, não identificados com os pensamentos, saberão mais sobre si mesmos. Experimentarão mais o Ser Verdadeiro.
Enquanto  equivocadamente identificados com nossas mentes pensantes, atribuímos ao mundo um valor que ele não tem. Compreender a realidade por meio da mente sensória é desenvolver uma visão turva e tomar o que é visto como correto.
Nesse exato momento e sempre, tudo está em paz. Vocês estão em paz, vocês são a própria paz.
Dizemos ser Deus onipresente, e Ele o é. Sendo Deus onipresente, puro Amor e por nós, como justificar a falta de paz e felicidade? Em verdade, a ninguém falta paz e felicidade, pois só existem paz e felicidade! Sendo Deus onipresente, tudo é Deus. Se tudo é Deus, somos nós também Deus. Se não fosse assim, Deus deixaria de ser onipresente. A idéia de que somos diferentes ou separados de Deus surge, mais uma vez, onde? Em nossos pensamentos, em nossa mente. E acabamos identificando-nos com ela, achamos que somos nós que estamos pensando. Mais uma vez rebaixamos nossa consciência.
Vamos acordar! Pois acreditar na mente pensante é seguir sonhando, e esse sonho sempre acaba em pesadelo. Em contra partida, observar os pensamentos sem identificação com eles leva-nos à presença de uma qualidade divina e permanente em nós mesmos. Uma qualidade de felicidade sublime que nenhum sonho humano pode conceber. Percebemos Deus em nós, percebemos nossa unidade com Deus. Agora, elevamos nossa Consciência!
Tudo bem com vocês?
Respirem fundo e, quando surgirem os pensamentos, não se identifiquem com eles. Pois minha pergunta é se está tudo bem com vocês e não com suas mentes pensantes. Não se confundam com elas. Tudo em Paz?
Tenho certeza que sim. Neste momento, vocês estão em paz. Em verdade, vocês sempre estiveram em paz e sempre estarão. Não é?
Com Amor,




Carlos Henrique Viard Junior

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