Silêncio... É muito
comum na presença de um Mestre nossa mente silenciar, as palavras sumirem. Antes
de encontrá-Lo, pensamos nas perguntas que poderíamos fazer, nas dúvidas que
poderíamos esclarecer, em possíveis pedidos... Mas, quando O encontramos,
quando chega o grande momento... Silêncio! Parece que a mente some, as palavras
não brotam. Um verdadeiro Mestre tem para nos dar sempre muito mais do que
temos para pedir. Por trás de todas as nossas perguntas e pedidos está a nossa
busca por paz e felicidade. Mas, a paz e a felicidade que sentimos na presença
do mestre estão além de todas as respostas e entendimentos. Chegamos com uma
sede de conhecimento intelectual e Ele nos acolhe com Sua Presença Espiritual.
Como é doce a presença do Mestre!
Mas, quem é O Mestre? O
Mestre é Deus. E onde Ele está? Em tudo e em todos, Ele é onipresente, somente
Ele existe. Isto significa que Ele está em nós, é o Ser Real. Como ainda não
purificamos nossos corações a ponto de despertar a noção real de realidade,
como ainda equivocadamente nos confundimos com mente e corpo, O reconhecemos em
uma forma específica aparentemente separada de nós. E quando estamos na sua
presença acreditamos que toda paz e felicidade que sentimos é uma emanação Dele
que nos atinge e beneficia. Esta é uma compreensão que surge numa mente ainda poluída
pela noção de separatividade. Por algum tempo esta noção terá utilidade.
Quando despertamos para
a noção de unidade, experimentamos a presença do Mestre de maneira diferente. Compreendendo
e sentindo que a paz e a felicidade que brotam deste encontro não é algo que vem
de fora e nos atinge, experimentamos a presença do Mestre como um reflexo puro
do Ser Verdadeiro. E então, no encontro com o Mestre, sentimo-nos como se
estivéssemos nos olhando no espelho. Sentimo-nos como realmente somos. Não mais
estamos em paz, reconhecemos que somos a paz. Nós e o Mestre somos Um.
Quando meditamos,
utilizamos uma série de meios hábeis para acalmar a mente, purificá-la e para
não nos identificarmos com ela. Todos válidos e importantes. Mas, a mente silencia
mesmo quando despertamos a presença do mestre. Agora o mestre interno ilumina a
equivocada noção de mundo externo. E só existe O Mestre, só existe Deus, este
que Eu Sou... Como é doce esta presença!
Carlos Henrique Viard Junior
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