Sejamos sempre compassivos (Por Carlos Henrique Viard Junior)
Sejamos sempre
compassivos. Se não somos compassivos nos desligamos do Amor em nós. Desligados
do Amor, perdemo-nos de nós mesmos. Desligados de nós mesmos a aflição é
inevitável.
Sejamos sempre
compassivos. Ao sermos compassivos, estamos ligados ao amor. Ligados ao Amor
encontramos nosso Ser Real. Conscientes do Ser Real a felicidade é
inevitável.
Sejamos sempre
compassivos. Ao olharmos o outro sem compaixão não acessamos o Amor que irmana
a todos. Ignorando o Amor que nos une nos sentimos separados. Sentindo-nos
separados estamos sempre incompletos.
Sejamos compassivos. Ao
olharmos o outro com compaixão acessamos o amor que irmana a todos. Despertos
no Amor experimentamos a Unidade com todos os seres. Quando a consciência da
Unidade está desperta só existe Amor e não falta nada.
Sejamos compassivos. Se
nossa prática espiritual não inclui a compaixão ela é falsa. Sendo falsa, não
poderá nos conduzir ao Reino de Deus. Ao vivermos sem compaixão seguimos
esquecidos de Deus.
Sejamos compassivos. A
compaixão é a essência da verdadeira prática espiritual. A verdadeira prática
espiritual nos leva ao Reino de Deus. Ao vivermos com compaixão sabemos que o
Reino de Deus está dentro de nós.
A Grande Paz Natural (Por Sogyal Rinpoche)
Quando ensino
meditação, freqüentemente começo dizendo: "Traga sua mente para casa. E
solte. E relaxe".
Toda prática da
meditação pode ser resumida nesses três pontos cruciais: trazer sua mente para
casa, soltar e relaxar. Cada fase contém significados que ressoam em muitos
níveis.
Trazer a mente para
casa quer dizer conduzir a mente pela prática da presença mental até o estado
de Permanência Serena. No seu sentido mais profundo, trazer a mente para casa é
voltá-la para si mesma, e repousar na sua própria natureza. Essa é em si a mais
elevada meditação.
Soltar significa soltar
a mente da prisão da atitude de agarrar, já que você reconhece que toda dor,
medo e aflição resultam da ânsia da mente que quer agarrar. Num nível mais
profundo, a realização e a confiança que surgem da sua crescente compreensão da
natureza da mente inspiram uma generosidade profunda e natural, que fazem com
que você se torne capaz de liberar do seu coração toda vontade de agarrar,
deixando-o livre para mergulhar na inspiração do meditar.
Por último, relaxar
significa ter espaço e descontrair as tensões da mente. Num sentido mais
profundo, você relaxa na verdadeira natureza da mente, o estado de Rigpa. As
palavras tibetanas que evocam esse processo sugerem o sentido de "relaxar
Rigpa". É como derramar um punhado de areia numa superfície plana – cada
grão cai onde bem entende, obedecendo às forças naturais. É assim que você
relaxa na sua verdadeira natureza, deixando que todos os pensamentos e emoções
se aquietem e se dissolvam no estado da natureza da mente.
Quando medito, sempre
me inspiro neste poema de Nyoshul Khenpo:
Descanse
na grande paz natural
Essa
mente exausta,
Impotente
diante do carma e do pensamento neurótico,
Que
golpeiam com a fúria implacável de incessantes ondas
No
infinito oceano do sansara.
Descanse na grande paz
natural.
Acima de tudo, esteja à
vontade, seja tão natural e vasto quanto possível. Escape da cilada do seu
ansioso eu habitual, abandone todo o apego e relaxe na sua verdadeira natureza.
Imagine o seu eu ordinário, emocional e dirigido pelo pensamento, como um bocó
de gelo ou tablete de manteiga deixado ao sol. Se está se sentindo rígido e
frio, deixe que essa agressividade que está em você se derreta ao sol de sua meditação.
Deixe que a paz trabalhe em você, tornando-o capaz de reunir sua mente comum à
presença mental da Permanência Serena e de despertar em si mesmo a consciência
e a compreensão da Clara Visão. E você verá desarmada toda sua negatividade,
dissolvida sua agressão e sua confusão evaporando-se lentamente, como névoa no
vasto e imaculado céu da sua natureza absoluta.
Tranqüilamente sentado,
o corpo ereto, a fala silenciada, a mente em paz, deixe pensamentos, emoções e
o que quer que seja dentro de você chegar e ir embora, sem se apegar a nada.
Com que se parece esse
estado? Dudjon Rinpoche costuma sugerir que imaginemos um homem que chega em
casa depois de um longo e penoso dia de trabalho no campo e afunda na sua
poltrona favorita em frente à lareira. Trabalhou o dia inteiro e sabe que
conseguiu realizar o que queria; não há nada mais com que se preocupar, nada
foi deixado por fazer e ele pode abandonar por completo seu cuidado e
preocupações, contente; ser simplesmente.
Assim, quando você
medita, é essencial criar o correto ambiente interior da mente. Todo esforço e
luta vem de não darmos o espaço suficiente. Assim, criar esse ambiente interior
correto é vital para que sua meditação verdadeiramente aconteça. Quando há
humor e amplidão de espaço, a meditação surge sem esforço.
Às vezes quando medito
não uso nenhum método específico. Apenas deixo que minha mente descanse,
descobrindo, especialmente quando estou inspirado, que posso trazê-la para casa
e relaxar bem depressa. Sento quieto e descanso na natureza da mente. Não me
interrogo ou levanto dúvidas sobre se estou no estado "correto" ou
não. Não há esforço nenhum, apenas uma rica compreensão, um estado desperto e
uma certeza inabalável. Quando estou na natureza da mente, a mente ordinária
não está mais ali. Não há necessidade de manter ou confirmar a percepção de
ser: eu simplesmente sou. Uma confiança fundamental está presente. Não há nada
especial a fazer.
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Introdução do CURSO DE MEDITAÇÃO com Carlos Henrique
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Quando o “Eu Mereço" é traiçoeiro
Na jornada humana, em meio ao prazer e à dor, há uma frase que pode surgir em algum momento como um bote salva-vidas ou como um destino natural. No primeiro caso, o “Eu mereço” surge como uma força poderosa capaz de nos impulsionar para fora de situações desfavoráveis como relações abusivas, trabalhos que não estejam de acordo com nosso ritmo e nossos talentos, situações e ambientes hostis e manipulações de todos os tipos… Então, o “Eu mereço” é acompanhado de complementações “Eu mereço relações saudáveis”; “Eu mereço trabalhar saudavelmente (nem demais, nem de menos)”; “Eu mereço manifestar minhas habilidades”… E é claro que tudo isso é maravilhoso. No segundo caso, também pode exercer uma influência benéfica sobre nossas escolhas, nos dando permissão para viver experiências extraordinárias e deliciosas, como viagens sonhadas, praia no meio da semana, soneca à tarde, etc.
No entanto, quando o “Eu mereço” se caracteriza pelo excesso, surgindo para nos anestesiar da dor – levando-nos para longe da sua elaboração, digestão, e de seus aprendizados – ele revela o seu outro lado, que lá pelas tantas nos acarretará em mais e mais sofrimento. Esse lado sombrio pode ocorrer pelas duas vias já citadas (o “Eu mereço” como bote salva-vidas e como o “Eu mereço” como via natural).
Em meio a um caminho espinhoso e cheio de pedras o “Eu mereço” pode surgir como forma de compensação – São tantos arranhões e cortes provocados pelos espinhos… Tantos calos advindos do contato dos pés descalços com os pedregulhos… E então: “Eureca!”, os sentidos se voltam para o entorno buscando elementos vistosos, gostosos, cheirosos, melodiosos, intensos, aconchegantes… E os encontra, e os experimenta uma e outra vez.
Pode ser que o caminho até aquele momento tenha sido agradável, florido, fresco, perfumado… E então vem a dor (porque a dor sempre vem). Surpreso e desorientado, o sujeito busca um mastro de segurança, um chão firme para pisar… E o que é conhecido e reconfortante é o prazer: o vistoso, o gostoso, o cheiroso, o melodioso, o intenso, o aconchegante… E ele passa a ser buscado de maneira frenética.
Tanto num caso como no outro, o prazer nunca é grande o suficiente para aplacar a dor das feridas, o vazio da carência e para elaborar tantas experiências indigestas que vão surgindo na nossa biografia. Por mais que se coma, por mais que se jogue, por mais que se compre, por mais que se faça sexo, por mais que se drogue, por mais que se ignore a dor subjetiva, ela continua lá – e pior: soma-se à dor das dificuldades financeiras, da obesidade, dos vícios, das dificuldades nos relacionamentos (ninguém é bom o suficiente, já que merecemos sempre o melhor), e à dor de não sabermos lidar com as pequenas frustrações cotidianas. E vamos ladeira abaixo.
Então, os antídotos para a bola de neve das compulsões se revelam a partir da porção de sabedoria que nos habita. São eles: contentamento, autocontrole e amor próprio.
- Contentamento: Acolhemos com bom ânimo o que nos acontece, tirando o melhor proveito possível das situações que não controlamos. Vivenciamos o prazer, mas não nos tornamos escravos dele. Não lutamos contra a dor: aceitamos o sofrimento (a raiva, a tristeza, o susto), o vivenciamos com resignação e por fim o transmutamos.
- Autocontrole: Resistimos aos impulsos de busca pelo prazer imediato e pensamos a longo prazo… Comemos uma fatia ao invés do bolo inteiro, deixamos de comprar itens supérfluos quando estamos com pouco dinheiro, evitamos falar o que nos vem à mente sem antes, refletir, quando estamos irritados.
- Amor próprio: A partir da estima que temos por nós mesmos, reconhecemos as nossas necessidades mais profundas – de amor, de pertencimento, de vida sexual satisfatória, de contato com o transcendente, de saúde e de expressão inventiva. Ao reconhecermos, criamos as causas e condições (internas e externas) necessárias para sua satisfação, priorizando o que é essencial. Se preciso, podemos pedir ajuda – de amigos, parentes e de um bom terapeuta – para despertar a coragem para reinventarmos nossa vida, de maneira que ela possa ficar em consonância com nossos anseios fundamentais.
Com esses três antídotos, podemos viver mais plenamente, “vivendo tudo o que há para viver”. Usufruindo o prazer quando há prazer; acolhendo a dor quando há dor… E estando além dessa dicotomia, observando o ir e vir do prazer e da dor… Em paz.
Juliana Viard
Na jornada humana, em meio ao prazer e à dor, há uma frase que pode surgir em algum momento como um bote salva-vidas ou como um destino natural. No primeiro caso, o “Eu mereço” surge como uma força poderosa capaz de nos impulsionar para fora de situações desfavoráveis como relações abusivas, trabalhos que não estejam de acordo com nosso ritmo e nossos talentos, situações e ambientes hostis e manipulações de todos os tipos… Então, o “Eu mereço” é acompanhado de complementações “Eu mereço relações saudáveis”; “Eu mereço trabalhar saudavelmente (nem demais, nem de menos)”; “Eu mereço manifestar minhas habilidades”… E é claro que tudo isso é maravilhoso. No segundo caso, também pode exercer uma influência benéfica sobre nossas escolhas, nos dando permissão para viver experiências extraordinárias e deliciosas, como viagens sonhadas, praia no meio da semana, soneca à tarde, etc.
No entanto, quando o “Eu mereço” se caracteriza pelo excesso, surgindo para nos anestesiar da dor – levando-nos para longe da sua elaboração, digestão, e de seus aprendizados – ele revela o seu outro lado, que lá pelas tantas nos acarretará em mais e mais sofrimento. Esse lado sombrio pode ocorrer pelas duas vias já citadas (o “Eu mereço” como bote salva-vidas e como o “Eu mereço” como via natural).
Em meio a um caminho espinhoso e cheio de pedras o “Eu mereço” pode surgir como forma de compensação – São tantos arranhões e cortes provocados pelos espinhos… Tantos calos advindos do contato dos pés descalços com os pedregulhos… E então: “Eureca!”, os sentidos se voltam para o entorno buscando elementos vistosos, gostosos, cheirosos, melodiosos, intensos, aconchegantes… E os encontra, e os experimenta uma e outra vez.
Pode ser que o caminho até aquele momento tenha sido agradável, florido, fresco, perfumado… E então vem a dor (porque a dor sempre vem). Surpreso e desorientado, o sujeito busca um mastro de segurança, um chão firme para pisar… E o que é conhecido e reconfortante é o prazer: o vistoso, o gostoso, o cheiroso, o melodioso, o intenso, o aconchegante… E ele passa a ser buscado de maneira frenética.
Tanto num caso como no outro, o prazer nunca é grande o suficiente para aplacar a dor das feridas, o vazio da carência e para elaborar tantas experiências indigestas que vão surgindo na nossa biografia. Por mais que se coma, por mais que se jogue, por mais que se compre, por mais que se faça sexo, por mais que se drogue, por mais que se ignore a dor subjetiva, ela continua lá – e pior: soma-se à dor das dificuldades financeiras, da obesidade, dos vícios, das dificuldades nos relacionamentos (ninguém é bom o suficiente, já que merecemos sempre o melhor), e à dor de não sabermos lidar com as pequenas frustrações cotidianas. E vamos ladeira abaixo.
Então, os antídotos para a bola de neve das compulsões se revelam a partir da porção de sabedoria que nos habita. São eles: contentamento, autocontrole e amor próprio.
No entanto, quando o “Eu mereço” se caracteriza pelo excesso, surgindo para nos anestesiar da dor – levando-nos para longe da sua elaboração, digestão, e de seus aprendizados – ele revela o seu outro lado, que lá pelas tantas nos acarretará em mais e mais sofrimento. Esse lado sombrio pode ocorrer pelas duas vias já citadas (o “Eu mereço” como bote salva-vidas e como o “Eu mereço” como via natural).
Em meio a um caminho espinhoso e cheio de pedras o “Eu mereço” pode surgir como forma de compensação – São tantos arranhões e cortes provocados pelos espinhos… Tantos calos advindos do contato dos pés descalços com os pedregulhos… E então: “Eureca!”, os sentidos se voltam para o entorno buscando elementos vistosos, gostosos, cheirosos, melodiosos, intensos, aconchegantes… E os encontra, e os experimenta uma e outra vez.
Pode ser que o caminho até aquele momento tenha sido agradável, florido, fresco, perfumado… E então vem a dor (porque a dor sempre vem). Surpreso e desorientado, o sujeito busca um mastro de segurança, um chão firme para pisar… E o que é conhecido e reconfortante é o prazer: o vistoso, o gostoso, o cheiroso, o melodioso, o intenso, o aconchegante… E ele passa a ser buscado de maneira frenética.
Tanto num caso como no outro, o prazer nunca é grande o suficiente para aplacar a dor das feridas, o vazio da carência e para elaborar tantas experiências indigestas que vão surgindo na nossa biografia. Por mais que se coma, por mais que se jogue, por mais que se compre, por mais que se faça sexo, por mais que se drogue, por mais que se ignore a dor subjetiva, ela continua lá – e pior: soma-se à dor das dificuldades financeiras, da obesidade, dos vícios, das dificuldades nos relacionamentos (ninguém é bom o suficiente, já que merecemos sempre o melhor), e à dor de não sabermos lidar com as pequenas frustrações cotidianas. E vamos ladeira abaixo.
Então, os antídotos para a bola de neve das compulsões se revelam a partir da porção de sabedoria que nos habita. São eles: contentamento, autocontrole e amor próprio.
- Contentamento: Acolhemos com bom ânimo o que nos acontece, tirando o melhor proveito possível das situações que não controlamos. Vivenciamos o prazer, mas não nos tornamos escravos dele. Não lutamos contra a dor: aceitamos o sofrimento (a raiva, a tristeza, o susto), o vivenciamos com resignação e por fim o transmutamos.
- Autocontrole: Resistimos aos impulsos de busca pelo prazer imediato e pensamos a longo prazo… Comemos uma fatia ao invés do bolo inteiro, deixamos de comprar itens supérfluos quando estamos com pouco dinheiro, evitamos falar o que nos vem à mente sem antes, refletir, quando estamos irritados.
- Amor próprio: A partir da estima que temos por nós mesmos, reconhecemos as nossas necessidades mais profundas – de amor, de pertencimento, de vida sexual satisfatória, de contato com o transcendente, de saúde e de expressão inventiva. Ao reconhecermos, criamos as causas e condições (internas e externas) necessárias para sua satisfação, priorizando o que é essencial. Se preciso, podemos pedir ajuda – de amigos, parentes e de um bom terapeuta – para despertar a coragem para reinventarmos nossa vida, de maneira que ela possa ficar em consonância com nossos anseios fundamentais.
Com esses três antídotos, podemos viver mais plenamente, “vivendo tudo o que há para viver”. Usufruindo o prazer quando há prazer; acolhendo a dor quando há dor… E estando além dessa dicotomia, observando o ir e vir do prazer e da dor… Em paz.
Juliana Viard
Acesse: http://julianaviard.com/2015/05/21/quandoeiro/o-o-eu-mereco-e-traic
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Discurso de Sathya Sai Baba - Um alimento para toda alma sedenta de Deus!
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ENTREVISTA COM UM MÉDICO TIBETANO: LAMA TULKU LOBSANG RINPOCHE
“Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo. Mas tenho a mente treinada. Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos. Eles vêm, mas não afetam nem minha mente, nem meu coração.”
Quando um paciente chega para consulta, como o senhor sabe qual o problema?
R – Olhando como ele se move, sua postura, seu olhar. Não é necessário que fale nem explique o que se passa. Um doutor de medicina tibetana experiente sabe do que sofre o paciente a 10 m de distância.
R – Olhando como ele se move, sua postura, seu olhar. Não é necessário que fale nem explique o que se passa. Um doutor de medicina tibetana experiente sabe do que sofre o paciente a 10 m de distância.
Mas o senhor também verifica seus pulsos.
R – Assim obtenho a informação que necessito sobre a saúde do paciente. Com a leitura do ritmo dos pulsos é possível diagnosticar cerca de 95% das enfermidades, inclusive psicológicas. A informação dada por eles é precisa como um computador. Para lê-los, é necessária muita experiência.
R – Assim obtenho a informação que necessito sobre a saúde do paciente. Com a leitura do ritmo dos pulsos é possível diagnosticar cerca de 95% das enfermidades, inclusive psicológicas. A informação dada por eles é precisa como um computador. Para lê-los, é necessária muita experiência.
E depois, como realiza a cura?
R – Com as mãos, o olhar e preparados de plantas e minerais.
R – Com as mãos, o olhar e preparados de plantas e minerais.
Segundo a medicina tibetana, qual é a origem das doenças?
R – Nossa ignorância.
R – Nossa ignorância.
Então, perdoe a minha, mas o que entender por ignorância?
R – Não saber que não sabe. Não ver com clareza. Quando vemos com clareza, não temos que pensar. Quando não vemos claramente, colocamos o pensamento para funcionar. E, quanto mais pensamos, mais ignorantes somos, mais confusão criamos.
R – Não saber que não sabe. Não ver com clareza. Quando vemos com clareza, não temos que pensar. Quando não vemos claramente, colocamos o pensamento para funcionar. E, quanto mais pensamos, mais ignorantes somos, mais confusão criamos.
Como posso ser menos ignorante?
R – Vou ensinar um método muito simples: praticando a compaixão. É a maneira mais fácil de reduzir os pensamentos. E o amor. Se amamos alguém de verdade, se não o queremos só para nós, aumentamos a compaixão.
R – Vou ensinar um método muito simples: praticando a compaixão. É a maneira mais fácil de reduzir os pensamentos. E o amor. Se amamos alguém de verdade, se não o queremos só para nós, aumentamos a compaixão.
Que problemas percebe no Ocidente?
R – O medo. O medo é o assassino do coração humano.
R – O medo. O medo é o assassino do coração humano.
Por quê?
R – Porque, com medo, é impossível ser feliz e fazer felizes os outros.
R – Porque, com medo, é impossível ser feliz e fazer felizes os outros.
Como enfrentar o medo?
R – Com aceitação. O medo é resistência ao desconhecido.
R – Com aceitação. O medo é resistência ao desconhecido.
Como médico, em que parte do corpo vê mais problemas?
R – Na coluna, na parte baixa da coluna: as pessoas permanecem sentadas tempo demais na mesma posição. Com isso, se tornam rígidas demais.
R – Na coluna, na parte baixa da coluna: as pessoas permanecem sentadas tempo demais na mesma posição. Com isso, se tornam rígidas demais.
Temos muitos problemas.
R: Acreditamos ter muitos problemas, mas, na realidade, nosso problema é que não os temos.
R: Acreditamos ter muitos problemas, mas, na realidade, nosso problema é que não os temos.
O que isso quer dizer?
R – Que nos acostumamos a ter nossas necessidades básicas satisfeitas, de modo que qualquer pequena contrariedade nos parece um problema. Então, ativamos a mente e começamos a dar voltas e mais voltas sem conseguir solucioná-la.
R – Que nos acostumamos a ter nossas necessidades básicas satisfeitas, de modo que qualquer pequena contrariedade nos parece um problema. Então, ativamos a mente e começamos a dar voltas e mais voltas sem conseguir solucioná-la.
Alguma recomendação?
R – Se o problema tem solução, já não é um problema. Se não tem, também não.
R – Se o problema tem solução, já não é um problema. Se não tem, também não.
E para o estresse?
R – Para evitá-lo, é melhor estar louco.
R – Para evitá-lo, é melhor estar louco.
???
R – É uma piada. Mas não tão piada assim. Eu me refiro a ser ou parecer normal por fora e, por dentro, estar louco: é a melhor maneira de viver.
R – É uma piada. Mas não tão piada assim. Eu me refiro a ser ou parecer normal por fora e, por dentro, estar louco: é a melhor maneira de viver.
Que relação o senhor tem com sua mente?
R – Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo. Mas tenho a mente treinada. Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos. Eles vêm, mas não afetam nem minha mente, nem meu coração.
R – Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo. Mas tenho a mente treinada. Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos. Eles vêm, mas não afetam nem minha mente, nem meu coração.
O senhor ri muito?
R – Quando alguém ri nos abre seu coração. Se você não abre seu coração, é impossível entender o humor. Quando rimos, tudo fica claro. Essa é a linguagem mais poderosa que nos conecta uns aos outros diretamente.
R – Quando alguém ri nos abre seu coração. Se você não abre seu coração, é impossível entender o humor. Quando rimos, tudo fica claro. Essa é a linguagem mais poderosa que nos conecta uns aos outros diretamente.
O senhor acaba de lançar um CD de mantras com base eletrônica, para o público ocidental.
R – A música, os mantras e a energia do corpo são a mesma coisa. Como o riso, a música é um grande canal para nos conectar com o outro. Por meio dela, podemos nos abrir e nos transformar: assim, usamos a música em nossa tradição.
R – A música, os mantras e a energia do corpo são a mesma coisa. Como o riso, a música é um grande canal para nos conectar com o outro. Por meio dela, podemos nos abrir e nos transformar: assim, usamos a música em nossa tradição.
O que gostaria de ser quando ficar mais velho?
R: Gostaria de estar preparado para a morte.
R: Gostaria de estar preparado para a morte.
E mais nada?
R – O resto não importa. A morte é o mais importante da vida. Creio que já estou preparado. Mas, antes da morte, devemos nos ocupar da vida. Cada momento é único. Se damos sentido à nossa vida, chegamos à morte com paz interior.
R – O resto não importa. A morte é o mais importante da vida. Creio que já estou preparado. Mas, antes da morte, devemos nos ocupar da vida. Cada momento é único. Se damos sentido à nossa vida, chegamos à morte com paz interior.
Aqui vivemos de costas para a morte.
R: Vocês mantêm a morte em segredo. Até que chegará um dia em sua vida em que já não será um segredo: não será possível escondê-la.
R: Vocês mantêm a morte em segredo. Até que chegará um dia em sua vida em que já não será um segredo: não será possível escondê-la.
E qual o sentido da vida?
R – A vida tem sentido e não tem. Depende de quem você é. Se você realmente vive sua vida, então a vida tem sentido. Todos têm vida, mas nem todos a vivem. Todos temos direito a sermos felizes, mas temos que exercer esse direito. Do contrário, a vida não tem sentido.
---------------------------------------------------------------------------------R – A vida tem sentido e não tem. Depende de quem você é. Se você realmente vive sua vida, então a vida tem sentido. Todos têm vida, mas nem todos a vivem. Todos temos direito a sermos felizes, mas temos que exercer esse direito. Do contrário, a vida não tem sentido.
Do lodo ao lótus
O efeito transformador (redentor) da leitura do livro "Autoperfeição com Hatha Yoga" na vida de um homem.
Parte I
Parte II
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O riacho e a mente de Ananda
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- Ananda, volta para trás. Nós passamos por um pequeno riacho apenas cinco ou seis quilômetros. Traz-me um pouco de água - leva a minha tigela. Estou sentindo-me cansado e com muita sede.
Ele já estava velho. Ananda voltou para trás, mas quando lá chegou, tinham acabado de passar alguns carros de bois pelo riacho, enchendo-o de lama. As folhas secas, que tinham assentado no fundo, estavam agora boiando na superfície; já não era possível beber esta água - estava demasiada suja. Regressou de mãos vazias e explicou:
- Mestre, vai ter que esperar um pouco. Eu vou à frente. Disseram-me que uns três ou quatro quilômetros mais à frente há um grande rio. Vou lá buscar a água.
Mas Buda insistiu e pediu: - Volta para trás e traz a água daquele riacho.
Ananda não conseguia perceber a insistência, mas, se o mestre dizia, o discípulo tinha que obedecer. Mesmo vendo o absurdo daquilo - tinha que voltar outra vez a andar cinco ou seis quilômetros, sabendo que a água não prestava para beber -, ele foi. E quando já ia se afastando, Buda disse-lhe:
- E não voltes para trás se a água ainda estiver suja, tu senta-te simplesmente quieto na margem. Não faças nada, não entres no riacho. Senta-te quieto na margem e observas. Mais cedo ou mais tarde a água vai ficar limpa outra vez e então podes encher a tigela e regressar.
Ananda lá foi. Buda tinha razão: a água estava quase limpa, as folhas tinham-se ido embora, a poeira tinha assentado. Mas ainda não estava absolutamente limpa, por isso ele sentou-se na margem e ficou observando o riacho a correr, pouco e pouco, o riacho tornou-se cristalino.
Então Ananda regressou a dançar. Ele tinha compreendido porque é que Buda estava insistindo tanto. Havia nisto uma determinada mensagem, e ele tinha compreendido a mensagem. Deu a água a Buda, agradeceu-lhe e tocou-lhe nos pés.
Buda perguntou: - O que é que estás a fazer? Eu é que te devo agradecer por me teres trazido a água. - Agora consigo compreender - disse Ananda. - Primeiro, eu fiquei zangado; não demonstrei, mas estava zangado porque era absurdo voltar para trás. Mas agora entendo a mensagem. Era disto que eu precisava realmente neste momento. O mesmo acontece com a minha mente - ao sentar-me na margem daquele riacho, fiquei ciente de que o mesmo se passa com a minha mente. Se eu saltar para dentro do riacho, vou deixá-lo sujo outra vez. Se eu saltar para dentro da minha mente, cria-se barulho, mais problemas começam a vir de cima, para a superfície. Ao sentar-me na margem, eu aprendi a técnica.
Agora vou sentar-me também ao lado da minha mente, a vê-la com toda a sujidade e problemas e folhas velhas e mágoas e feridas, memórias, desejos. Se me preocupar, vou ficar sentado na margem à espera do momento em que tudo fique limpo."
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YOGA E FÉ
Entre os dias 3 e 6 de
setembro de 1998 foi realizado, no Rio de Janeiro, o IX Congresso Brasileiro de
Yoga. Entre as atividades realizadas, houve uma mesa redonda sobre Bhakti Yoga,
onde representantes de várias correntes religiosas se encontraram e discursaram
maravilhosamente sobre a vida espiritual e a relação com Deus. O Padre Zezinho,
não podendo comparecer, enviou – para ser lido – o fax transcrito a seguir.
Muita gente me pergunta
se um cristão pode praticar Yoga, que muita gente inadvertidamente identifica
com religião ou filosofia estranha.
Não falta, inclusive,
quem combata o Yoga como caminho que, segundo eles, pode afastar alguém da fé.
Dou meu depoimento como
padre católico. Aprendi o Yoga, e num tempo em que precisei de maneira especial
dessa disciplina para superar extrema tensão e cansaço. As leituras dos livros
do professor Hermógenes, a quem mais tarde conheci e a quem muito prezo, foram,
sem sombra de dúvida, um caminho que até hoje me devolvem o controle de mim
mesmo em situações difíceis. Com a Bíblia, tornaram-se meu jeito de trabalhar
mais sem somatizar demais.
Em nenhum momento,
ninguém nem livro algum de Yoga me influenciou negativamente ou desviou minha
fé em Jesus e na minha Igreja. Só cresci com essa disciplina.
Hoje, quando me
perguntam sobre o Yoga, digo que é um conceito de vida rico de sabedoria, não
importa de onde ou de quem tenha vindo, porque sei que nele está o dedo de
Deus. Distingo entre o Yoga e algum divulgador que possa trair a disciplina. O
verdadeiro mestre de Yoga é como o verdadeiro pregador do Cristianismo.
Oferece
um caminho e respeita os passos e a direção de quem o ouve. Se alguma vez o
Yoga influenciou algum cristão, imagino que não tenha sido para o erro. A
pessoa provavelmente já estava confusa. Yoga e Cristianismo são duas
disciplinas que só me fizeram bem. Continuo pregador sereno e fiel à minha
Igreja e tudo o que li e aprendi jamais me levou ao conflito. Fiz minhas
escolhas como S. Paulo, que soube aprender e até elogiar outras culturas.
Cristãos serenos
aprendem com a serenidade dos outros. Os menos serenos procuram com lente de
aumento os defeitos dos outros e fazem de tudo para não aprender. Gostam muito
de ensinar, mas negam-se a aprender. E isso não deixa de ser um tipo de
fanatismo. Nunca tive dificuldade em assimilar o que é bom de todas as
filosofias e práticas de outros povos. Nunca foi preciso fazer concessões à
minha fé em Jesus.
Quando alguns católicos
me perguntam se podem praticar Yoga, pergunto se alguma vez já jogaram futebol
ou fizeram ginástica.
Respondem que sim.
Assimilaram essas atividades e nem por isso deixaram de ser cristãos. Lembro
que o Yoga tem conceitos vindos de outras culturas, mas que podemos
tranquilamente adaptar ao nosso modo cristão de ver a vida.
O Cristianismo tem
muito a ensinar, mas tem muito aprender com outras culturas. Ser evangelizado
subentende isso. Saber elogiar as flores dos outros e até plantá-las no próprio
jardim. O Yoga é uma dessas riquezas que fazem bem, quando a cabeça é boa e o
coração sereno.
O mundo está cheio de
gente sábia. O professor Hermógenes e seus amigos sabem o quanto eu respeito a
sua sabedoria. O mundo teria mais saúde física e mental se os ouvisse.
Que Deus os ilumine!
Padre Zezinho
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Relaxe, nada está sob controle
Alguns entendem esta
frase como uma piada para descontrair, outros se sentem mal ao ouvi-la, pois
não suportam a ideia das coisas fora de controle. Há também aqueles que, por
falta de atenção, não aproveitam toda sabedoria contida nesta afirmação.
Relaxe, nada está sob controle! E você, como sente esta ideia?
Esse ensinamento revela
uma grande verdade: só podemos relaxar quando aceitamos que não há nada que
realmente possamos controlar. Não é verdade? Em verdade não podemos controlar
as pessoas, as situações e, muitas vezes, nem mesmo nossos pensamentos palavras
e ações. Enquanto seguimos apegados ao controle de tudo, o estado de tensão
será inevitável. Estaremos causando angustia, ansiedade, medo, raiva,
frustração e todo tipo de sofrimento para nós mesmos.
Então, é necessário que
surja o quanto antes a compreensão de que a tentativa de manter a vida sob
controle é causa de tensão constante. Pelo óbvio fato de que nada pode ser
controlado da maneira como desejamos. Quanto você já sofreu por querer
controlar situações ou pessoas, mesmo tendo, na sua maneira de ver, a melhor
das intenções?
Não se engane
acreditando que agindo assim, como um controlador, já conseguiu manter muitas
coisas à sua maneira. Talvez você tenha adiado um pouco o inevitável processo
da mudança. E enquanto a mudança não acontecia efetivamente, certamente você
estava em estado de tensão.
As coisas duram quanto
tem de durar e é uma ilusão achar que estão durando pelo esforço que fazemos
para controlá-las. Muitas vezes estamos nos esforçando até mesmo sem
necessidade, buscando controlar situações que estão estáveis e não precisam ser
controladas.
Podemos relaxar quando
sabiamente aceitamos o fato de que nada está sob controle. Porque olhamos para as coisas como elas são e
não mais como nós gostaríamos que elas fossem. Libertamo-nos ao abandonarmos a
ideia de que o controle garante a paz e a felicidade, reconhecendo que em
verdade ele só traz tensão e ansiedade.
Percebemos que a causa
do nosso sofrimento não são as situações que estão acontecendo em nossas vidas,
nem a maneira de ser das pessoas com as quais convivemos. Damo-nos conta de que
o que nos ata à dor é o apego, aliado à não-aceitação de que as pessoas e as
situações sejam como são.
Quando nos damos conta
do quão absurdo é acharmos que podemos controlar o que quer que seja e a partir
daí abrimos mão do controle aceitando as coisas como elas são, imediatamente
nos sentimos mais relaxados. Uma enorme quantidade de tempo e energia se abre
para as novidades que a vida sempre nos oferece ao abandonarmos a tentativa de
manter o controle.
Encontramos, então,
tempo para sorrir, para desfrutar de uma felicidade que, mesmo estando
disponível desde sempre, não podia ser percebida antes. Saberemos que o simples
fato de não buscarmos controlar nada, revela uma calma que nos é inerente e
fica obscurecida quando geramos tensão por querer manter o controle.
Se você não seguir a
recomendação “Relaxe, pois nada está sob controle”, você certamente estará
escolhendo “Seguirei tenso, cansado, triste, mas achando que estou controlando
tudo”. A escolha é sempre sua.
Quando abandonamos o
exaustivo esforço mental que fazemos na tentativa infrutífera de manter as
coisas sob controle, acalmamos nossas mentes e abrimos espaço para recebermos
orientação de um nível de inteligência mais profundo em nós mesmos.
Nessa vida nos cabe
buscar pensar, falar e agir de maneira correta. Esta é nossa parte. Não devemos
nos apegar nem mesmo aos resultados dos nossos pensamentos palavras e ações, já
que os resultados virão independentemente do nosso apego. Alegre-se em fazer o
melhor que estiver ao seu alcance; isto depende de você. Não busque a alegria
em coisas que não dependem de você. Aceite o que vier e faça o melhor que
puder. Faça uma conexão com a prece da serenidade:
Conceda-nos Senhor,
a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas
que podemos, e discernimento
para diferenciar umas da outras.
Nossa felicidade não
tem relação alguma com as situações que buscamos manter controladas, pois esta
pseudofelicidade sempre estará na dependência de causas e condições externas.
Além do esforço e da perda de tempo para exercer controle haverá sempre um
sentimento de medo advindo do fato, que sabemos em nosso íntimo, de que nada
pode ser controlado por nós.
Nossa felicidade tem
relação direta com nossa capacidade de abrir mão do controle. Somente quando o
pequeno eu abre mão do controle podemos testemunhar o Grande Eu governando a
existência. Somente quando abrimos mão da perspectiva limitada do ego, podemos
experimentar a perspectiva ilimitada do Espírito.
Desistindo
dos medíocres objetivos ditados pelo conteúdo mental e ligando-nos aos grandes
propósitos do Eu Espiritual, mergulhamos no oceano da vida de maneira livre e
plena. Neste mergulho, sentimo-nos cada vez mais relaxados pela atitude de
entrega e aceitação e, da mesma forma que flutuamos na água quando relaxados,
passamos por esta experiência humana com extrema leveza e em paz.
No clássico “Yoga Para
Nervosos” Hermógenes nos traz este precioso exemplo:
Um banhista saiu nadando
e se afastou um pouco da praia. Em certo ponto, se apercebeu de que estava sendo levado por uma corrente marítima. O
instinto de conservação mandou-o retornar
à praia. Começou a bracejar, tentando safar-se. Cada vez mais, no entanto, se
sentia impotente de fazê-lo. Naturalmente, sob a evidente ameaça à vida, nele foram aumentando simultânea
e reciprocamente o pavor e os esforços inúteis e, consequentemente,
a fadiga, com a horrível sensação de que estava
perdido. Ia morrer. Não por não saber nadar, mas porque se sentia incapaz
de vencer a força do mar. A praia ia se
afastando, e com ela, suas esperanças
e suas forças. Desta forma, o
banhista inexperiente e teimoso é vencido. (…) Nadador sabido, experiente e, por isto mesmo calmo,
quando se vê na mesma situação,
não se esforça e não cai em
pânico. O que faz é inteiramente diverso. Renuncia
à tentativa imprudente de chegar direto à praia. Sabe ser isto impossível. Simplesmente,
conservando-se dono de si,
deixa-se levar pela corrente.
Sem pavor, vê a praia ficar longe, mas não a esperança, mas não sua
tranquilidade. Lá adiante, a corrente,
mudando de direção reaproxima-o da
terra e, ele, inteligentemente, aproveita e salva-se.
Portanto, inspire profundamente e, em seguida, solte um suspiro de
alívio, siga relaxado afinal de contas nada está sob controle. Graças a Deus!
Carlos Henrique Viard Junior
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Para conhecer o verdadeiro, temos de
deixar de acreditar no falso. Não podemos estar, ao mesmo tempo, despertos e
iludidos. Ou estamos despertos (cônscios da verdade), ou iludidos
(identificados com o falso).
Na Yoga, afirmamos que Deus é o Ser
Verdadeiro e é pura Bem-aventurança! Afirmamos ser Ele onipresente. Sendo
onipresente, está em tudo. Está em tudo aqui e agora! Então, por que não
vivemos em Bem-aventurança em tempo integral? Em verdade, vivemos, mas não
estamos cônscios da verdade. Estamos encantados pela ilusão. Não vivenciamos a
Paz do Espírito, pois estamos ligados a agitação da mente.
É na mente que surgem as ideias de passado
e futuro. São apenas ideias, não são verdadeiros. A vida real só acontece no
momento presente. Deus só pode ser
encontrado no momento presente. Mas nossas mentes raramente repousam nesse
momento sagrado. Estão, quase sempre, remoendo um passado que não existe mais, (logo
não é real), ou antecipando um futuro que ainda não chegou, (logo também não
tem realidade).
A vida passa diante de nossos olhos, porém,
se a mente não estiver situada no momento presente, não a vemos como é,
perdemos a consciência do agora, em que sempre encontraremos a Bem-aventurança divina
reinando soberana e invencível. O Sagrado faz morada no momento presente. O momento presente é sempre sagrado.
Sendo Deus onipresente, não faz sentido
algum sair para encontrá-Lo em algum lugar, ou rezar para que Ele venha até
nós. Nossa ação deveria ser no sentido de dissolver o véu da ignorância, que
não nos permite experimentá-Lo agora. Precisamos apenas acalmar nossas mentes.
Para isso, não devemos creditar nem ao passado, nem ao futuro o status de real. Devemos repousar nossa
mente nesse exato instante, em silêncio, ver as coisas como são, sentir-nos,
naturalmente, amados por Deus e, por conseguinte, de modo espontâneo, amar
todos os seres em Deus.
Inspiramos a Paz do Momento Presente.
Expiramos o Amor do Ser Verdadeiro. Respiramos conscientes, aqui e agora, da
bem-aventurada presença do Senhor.
Carlos Henrique Viard Junior
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A Vida de Yogananda
A Vida do Mestre Dogen
O poder dos ásanas
Deus me livre de ser normal
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ONDE ESTÁ O SEU TESOURO?
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Matheus 6:19-21)
O
tesouro do ego é sempre relacionado às suas conquistas no mundo. Sua gorda
conta bancária, seu status na sociedade, suas vitórias, sua beleza física, seu
carro importado e etc. Assim sendo,o ego se sente rico e realizado quando
acumula, ostenta e comemora. Mas, a implacável impermanência nunca falha. Ela
chega e promove as inevitáveis mudanças. Pobre ego apegado às posses mundanas!
Vê tudo se dissolvendo... Seu tesouro sempre foi ilusório e quem se apega à
ilusão, ao passageiro, sofre. Como podemos esperar encontrar felicidade
permanente em um mundo onde tudo é impermanente?
A
culpa pela infelicidade, no entanto, não reside no mundo ou na impermanência,
embora seja típico do ego culpar a tudo e a todos e nunca assumir
responsabilidades. Lembremos que nossa felicidade não deve depender de nada que
não dependa de nós mesmos.
O
sofrimento decorre de uma atitude perante o mundo. Ele surge porque:
1 1. Colocamos
nossas esperanças de felicidade no mundo, que não pode nos oferecer felicidade
permanente.
2. Apegamo-nos às sensações de prazer e de
alegria que vivenciamos no mundo. O apego ao impermanente é a receita da
infelicidade, lembre-se sempre disso!
Podemos
aqui e agora ser felizes? Não só podemos como devemos. Olhando as coisas como
elas são e não como egoicamente gostaríamos que fossem, admitimos a
impermanência como inevitável e a aceitamos, pois não aceitar as coisas como
elas são também é receita para o sofrimento. A aceitação é o início do caminho
para a felicidade.
Assim,
quando a vida nos oferecer situações favoráveis, aceitamos e desfrutamos delas
o tempo que elas durarem, sem permitir que nossas mentes criem a ideia de que
durarão para sempre, e agradecemos a oportunidade que tivemos quando a situação
mudar. Quando as situações são desfavoráveis e desafiadoras lembramos que tudo
passa. Sugiro a alguns alunos que estão vivendo momentos de provação, que se
lembrem de outros momentos na vida onde passaram por grandes desafios,
vivenciando difíceis emoções, e se perguntem “Onde estão estas emoções agora?”.
A resposta geralmente é “passaram, não existem mais”. Logo sentimos um alívio,
pois cresce em nós a sabedoria que nos diz que tudo passa mesmo. Já passamos
por desafios antes e este é mais um que também passará. Sofremos mais pela não
aceitação do que pela situação.
Os
sábios agradecem quando perante situações desafiadoras, já que notam que são
esses os momentos de maior aprendizado. Sejamos sábios! Saibamos que é hora de
crescimento. Sejamos gratos pela oportunidade. Despertemos toda força e
sabedoria que existe dentro de nós. Experimentemos o poder de Deus, a graça de
Deus!
Se
o tesouro do ego está no mundo, o tesouro do coração, por sua vez, está no
contentamento. Não há tesouro mais valioso que esse. Aqueles que veem as coisas
como elas são e estão contentes com o que têm, estão imunes ao sofrimento
mundano. Estes vivem no mundo, mas não são do mundo, estão no mundo, mas o
mundo não está neles. Seguem a jornada contentes com o que tem e realmente
felizes por terem a consciência daquilo que são: Consciência.
Carlos Henrique Viard Junior
"Paz é necessária
nos níveis físico, mental e espiritual. A paz não é externa, está presente no
interior. Você é a personificação da paz. Na vida mundana, está-se fadado a ter
muitas dificuldades, mas não se deve perturbar-se. Deve-se suportar todos os
sofrimentos com coragem e paciência.
A vida humana é
concedida não apenas para desfrutar os prazeres mundanos. A vida se torna
significativa somente quando se experimenta a paz que se origina do
coração."
Sai Baba
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MEDITAÇÃO
Corpo firme e confortável – desaparecem todos os desconfortos.
Presença na respiração – desaparecem o passado e o futuro.
Mente concentrada em Deus – desaparece o mundo.
Consciência desperta – eu desapareço para que Eu possa aparecer!
Carlos Henrique Viard Junior
Homenagem ao meu avô
Presença na respiração – desaparecem o passado e o futuro.
Mente concentrada em Deus – desaparece o mundo.
Consciência desperta – eu desapareço para que Eu possa aparecer!
Carlos Henrique Viard Junior
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A força do amor é invencível
hoje (22 de julho de 2014) eu e minha família nos despedimos do meu avô em sua forma física. O nome dele é Henrique Kingston Viard. Homem silencioso que nos ensinou através de exemplos, que como sabemos valem muito mais que palavras. Graças a Deus tivemos a oportunidade de tê-lo por muito tempo ao nosso lado. Os corpos vão, mas o amor fica. E amorosamente ofereço este texto para ele, que mesmo diante dos maiores desafios foi capaz de seguir inspirando paz e expirando amor. Hoje seguiu de mãos dadas com o Senhor do Amor.
Em tempo atual, desde muito cedo, ouvimos,
de todos os lados, “vence quem for mais esperto”, “vence quem for mais forte”,
“vence quem for mais rápido”! E nos condicionamos, inconscientemente, a ser
mais espertos, fortes, rápidos; a ser mais, mais e mais que os outros.
Precisamos vencer! Para sermos felizes, precisamos vencer!
Nosso querido Professor Hermógenes nos
orienta para que “pratiquemos yoga para sermos melhores para os outros e não
melhores que os outros”. Mas assim, será que seremos felizes? Pergunta que
surge na mente daqueles que estão esquecidos do amor do Pai e passaram a
acreditar no medo que orienta o ego.
Qual é nosso objetivo real nesta vida?
Buscamos vencer o quê? Ou quem? Com qual propósito? Aonde queremos chegar?
Precisamos parar, respirar e refletir.
Então, pare, respire, reflita. Agora.
O que ganhamos sendo rápidos, sempre mais
rápidos; fortes, sempre mais fortes; espertos, sempre mais espertos? Ganhamos o
emprego, o concurso, a pessoa que desejamos, a vaga no time, o status de campeão?! E seguimos
precisando ter mais e mais, ser mais e mais, para manter todos esses objetos
dos nossos desejos. Sempre exaustos, ameaçados, competindo, mas atingindo os
tão sonhados objetivos. No fim, após cada “conquista”, ainda dizemos : “Graças
a Deus!”. Será que é essa vida que Deus quer para nós?
Caminhando dessa maneira, podemos “ganhar
muito”. Mas ganhamos paz, felicidade, saúde?
Temos tempo para desfrutar a presença dos amigos?
Ouçamos o alerta feito por Sua Santidade,
o Dalai Lama:
“Os homens perdem a saúde
para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E, por pensarem ansiosamente no
futuro, esquecem o presente, de forma que acabam por não viver nem no presente
nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... E morrem como se nunca
tivessem vivido”.
Por que não sermos simplesmente nós
mesmos, seguindo nossos valores e caminhando no nosso ritmo? Por que não? Medo? Medo da escassez, do
fracasso, do que os outros vão falar? É verdade: o ego é orientado pelo medo. O
medo é o mestre do ego!
E o seu mestre? Quem é seu mestre? A quem
você é fiel? Quem você segue? Mais uma vez, precisamos parar, respirar e
refletir.
Então pare, respire, reflita. Agora.
Sabemos que o que realmente importa é
estarmos em paz, com saúde, felizes, em harmonia com os amigos. Porém nosso
estilo de vida nos leva, muitas vezes, a viver o oposto daquilo a que
aspiramos. Quem nos leva a viver a vida de maneira doentia? O mestre medo!
Pois, se você é orientado pelo seu medo, você o tomou como mestre.
Não desanime, por esta razão: aqui e agora
está tudo bem. Sorria! Saiba que o mestre medo só existe enquanto você acredita
nele. Você pode, neste exato instante, chamar pelo verdadeiro mestre. Ele virá
imediatamente. Ouça-O! Ele lhe dirá:
"Portanto,
eu digo: ‘Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber;
nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante
que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?
Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem
armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês
muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode
acrescentar uma hora que seja à sua vida?
Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do
campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo o
seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês,
homens de pequena fé?
Portanto,
não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que
vamos vestir?’. Pois os pagãos é que
correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.
Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e
todas essas coisas serão acrescentadas a vocês. Portanto, não se preocupem com
o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o
seu próprio mal’”.
Ouvindo o verdadeiro Mestre, sentimos nosso coração pulsar, sentimos que
ele está vivo. Pois o verdadeiro mestre é o Amor. O Amor, que se revelou
livremente através de Jesus de Nazaré, faz morada em nosso coração e podemos
senti-Lo ao ler as palavras d’Ele.
O Amor é o Mestre do Eu superior,
enquanto o medo é o mestre do eu inferior. Que mestre vamos seguir? O medo ou o
Amor? Precisamos de coragem para tomar essa decisão, e coragem nada mais é do
que agir com o coração. Quando agimos com coragem, saímos do domínio da mente e
entramos no domínio do coração. Saímos do plano da ignorância e entramos no plano
da sabedoria, como ensina Sócrates: “Sabedoria é 'vencer a si mesmo', ignorância,
em compensação, é
'ser vencido por si mesmo', por um si mesmo inferior, que prevalece e triunfa sobre o superior”.
Seja qual for nossa
tradição espiritual, temos sempre a mesma aspiração básica: amar. O Amor não
pode surgir a partir da mentalidade competitiva e utilitária. Despertamos para
a espiritualidade, a vivência do Amor, quando deixamos de perguntar “como o
mundo e os outros podem ser úteis para mim” e passamos a nos perguntar “como
posso ser útil para o mundo e os outros”. A mentalidade amorosa desperta uma
visão compassiva e uma permanente atitude altruísta. Não precisamos nada mais
do que isso para construir um mundo melhor. O sábio é aquele que ama!
Ouvindo, com atenção, com todo o coração,
as palavras de Jesus, sentimos a luz espiritual brilhando e a escuridão do ego
cessando. O caminho se torna claro, a caminhada mais leve, a meta se evidencia.
“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã
trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio afã”.
Só existe o agora. Preocupar-se
com o amanhã é agitar a mente e desperdiçar energia em vão. É viver iludido.
Devemos estar presentes no agora e colocar nossa energia naquilo que vivemos
neste exato instante. Aqui e agora podemos realmente amar, podemos experimentar
a força do amor.
“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e
todas essas coisas serão acrescentadas a vocês”.
A força do amor é invencível.
Deus é Amor, e, sendo Deus a consciência onipresente, onipotente e
onisciente, quando amamos, nos fundimos n’Ele. Passamos a ser unos com a
Inteligência Cósmica. Entramos em harmonia com o fluxo universal.
Encontrando “o Reino de Deus”, nos encontramos; encontrando-nos, sabemos
que, essencialmente, somos o Amor. Vivenciando o amor que somos, experimentamos
toda a perfeição, abundância e prosperidade que caracterizam a manifestação
divina. Não devemos procurá-lo fora. Ele
está dentro de nós. Não devemos procurá-lo no passado ou no futuro. Ele está
aqui e agora.
“Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial
sabe que vocês precisam delas”.
Até quando continuaremos virando as costas ao Pai Celestial, deixando de
aceitar o que Ele nos oferece, correndo atrás de coisas muito inferiores? Até
quando vamos seguir buscando felicidade permanente num mundo impermanente,
negando a felicidade onipresente? Até quando vamos achar que amamos quando
amamos desejando retorno e deixar de encontrar alegria no ato de amar? Em
nossas mentes, pode surgir a ideia de que agir assim é loucura, mas loucura
é acreditar naquilo que não somos. Sabedoria é conhecer Aquilo que somos. Loucura
é buscar razão para ser feliz. Sabedoria é ser feliz mesmo sem razão. Loucura é
impor condições para amar. Sabedoria é
amar sem impor condições. A Sabedoria de Deus é considerada loucura pelos
homens.
“Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou
'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?”’.
Preocupação é um ato da mente pensante. E
entrega é um ato do coração confiante. Quando a mente cala, o coração fala.
Quando ouvimos o coração, ouvimos a verdade. Quando ouvimos a verdade, seguimos
despreocupados, sabendo e experimentando que somos eternamente cuidados por
Deus, que é Amor!
"Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os
lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo que nem
Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim
a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito
mais a vocês, homens de pequena fé?”
Aprendendo a partir do coração, vemos as coisas como são. Quando olhamos
toda a criação, vemos perfeição, beleza e abundância por todos os lados.
Podemos nos perguntar: “Por que as coisas são diferentes com os seres
humanos?”. A resposta é esta: as coisas não são diferentes. Também estamos
inclusos nos cuidados do Pai Celestial. Mas nossas mentes não conseguem
acreditar. Temos pouca fé. Fé não significa apenas acreditar em algo, mas
realmente implica fidelidade, ser fiel. Enquanto olhamos com a mente, não vemos
as coisas como realmente são. Sentimos medo. A mente cria dificuldades para
tudo. Mas um olhar mais profundo nos leva a uma atitude de entrega, pois Ele,
que cuida dos pássaros, das flores, das montanhas, dos oceanos, certamente
também cuida de mim. Logo, serei fiel às suas orientações e O perceberei sempre
de mãos dadas comigo.
“Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que
seja à sua vida?”
Aqui, Jesus nos ajuda a perceber a inutilidade da preocupação. Estar
pré-ocupado é não estar fazendo coisa alguma. Se não estamos fazendo coisa
alguma, não produzimos. Perdemos nossa paz, perdemos nossa energia e nada
produzimos. A preocupação sempre tem relação com o futuro. E não podemos agir
no futuro. Deixemos o futuro por conta do Pai Celestial e façamos o que nos
couber no presente. Existe um ditado que diz assim: “O tolo se preocupa. O
inteligente se ocupa. O sábio (aquele que conhece Deus) sorri”.
“Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em
celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor
do que elas?”
“Observem”. Quantas vezes paramos para praticar, hoje em dia, a
observação. Apenas observar. Sem rotular, buscar explicações, fazer
associações. Apenas observar, estar presente, ser um com o momento. Quantas
vezes? Se aspiramos a ouvir nossos corações e a sermos guiados pelo Mestre, o
Amor, precisamos desenvolver a arte da observação, que implica não envolver-se
com os movimentos condicionados da mente pensante e, consequentemente, ver as
coisas com pureza. Vendo as coisas com pureza, certamente veremos Deus. Jesus
nos diz, numa das bem-aventuranças: “Felizes os puros de coração, porque eles
verão a Deus”.
"Portanto, eu digo: ‘Não se preocupem com sua própria
vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que
vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante
que a roupa?”’.
“Portanto eu
digo: ‘Não se preocupem... ’’. Com coisa alguma. Pois o Espírito da vida sempre
estará cuidando de você. Esta é a mensagem que o Mestre, o Amor, traz para
todos seus filhos: não se preocupem!
Bhagavan Sri Sathya Sai Baba, conhecido
também como o Amor encarnado, nos orienta por meio dos 10 lembretes de Deus:
1. PARE DE PREOCUPAR-SE:
A vida lhe propiciou um golpe, e tudo o que você faz é se sentar e se atormentar. Você esqueceu que Eu estou aqui para tomar todos seus fardos e carregá-los para você? Ou você apenas gosta de se enervar com cada coisinha que atravessa seu caminho?
2. COLOQUE NA LISTA:
Alguma coisa precisa ser feita ou assumida. Coloque na lista. Não, não na SUA lista. Coloque na MINHA lista de coisas a fazer. Deixe que EU seja quem cuida do problema. Não posso ajudá-lo até que você o entregue a Mim. E embora Minha lista de coisas a fazer seja longa, Eu Sou, afinal de contas, Deus. Posso cuidar de qualquer coisa que você colocar em Minhas mãos. De fato, se a verdade, alguma vez, fosse realmente conhecida, Eu cuido de muitas coisas por você que você nem sequer percebe.
3. CONFIE EM MIM:
Uma vez que você entrega seus fardos para Mim, pare de tentar tomá-los de volta. Confie em Mim. Tenha a fé de que Eu vou cuidar de todas as suas necessidades, seus problemas e seus desafios. Problemas com as crianças? Coloque-os na Minha lista. Problemas financeiros? Coloque-os na Minha lista. Problemas com sua montanha russa emocional? Por amor a Mim, coloque-os na Minha lista. Eu quero ajudá-lo. Tudo o que você precisa fazer é pedir.
4. NÃO INTERVENHA, DEIXE-O EM PAZ:
Não levante certa manhã e diga:“Bem, estou-me sentindo muito mais forte agora, acho que posso assumir a partir daqui”. Por que você pensa que está se sentindo mais forte agora? É simples. Você Me entregou seus fardos, e Eu estou cuidando deles. Também renovo sua força e cubro você com Minha Paz. Você não percebe que, se Eu lhe desse novamente esses problemas, você voltaria exatamente ao ponto de partida? Deixe esses problemas Comigo e esqueça-se deles. Apenas Me deixe fazer Meu trabalho.
5. CONVERSE COMIGO:
Quero que você se esqueça de muitas coisas. Esqueça-se do que estava deixando você louco. Esqueça-se das preocupações e aborrecimentos, porque você sabe que Eu estou no controle. Mas aqui há outra coisa que eu suplico que você nunca esqueça. Por favor, não se esqueça de falar Comigo - COM FREQÜÊNCIA! Eu amo VOCÊ! Quero escutar sua voz. Quero que você Me inclua nas coisas que estão acontecendo em sua vida. Quero ouvir você falar de seus amigos e família. Orar é simplesmente ter uma conversa Comigo. Eu quero ser seu amigo mais querido.
6. TENHA FÉ:
Vejo muitas coisas daqui de cima que você não pode ver de onde você está. Tenha fé em Mim, pois sei o que estou fazendo. Confie em Mim; você não ia querer ver tudo com Meus olhos. Continuarei cuidando de você, protegendo-o e atendendo suas necessidades. Você apenas precisa confiar em Mim. Embora Eu tenha uma tarefa muito maior que a sua, parece como se você tivesse imenso trabalho apenas fazendo sua simples parte. Quão difícil pode ser confiar?
7. COMPARTILHE:
Ensinaram você a compartilhar quando você tinha apenas dois anos de idade. Quando foi que você esqueceu? Aquela regra ainda se aplica. Compartilhe com aqueles que são menos afortunados do que você. Compartilhe sua alegria com aqueles que precisam de incentivo. Compartilhe seu riso com aqueles que, há muito, não ouvem risos. Compartilhe suas lágrimas com aqueles que esqueceram como chorar. Compartilhe sua fé com aqueles que não têm fé alguma.
8. SEJA PACIENTE:
Consegui organizar tudo de forma que, no período de apenas uma vida, você pudesse ter tantas experiências e tão diversas. Você cresce de criança a adulto, tem filhos, muda de empregos muitas vezes, aprende vários ofícios, viaja a tantos lugares, encontra milhares de pessoas e experimenta tantas coisas. Como você pode ser tão impaciente quando Me leva um pouco mais de tempo do que você esperava dar conta de algo na Minha lista de coisas a fazer? Confie na Minha capacidade de escolher o momento oportuno, pois Meu sentido do tempo é perfeito. Apenas porque Eu criei todo o universo em um instante, todos acreditam que eu devo fazer tudo com pressa, pressa, pressa.
9. SEJA GENTIL:
Seja gentil com os outros, pois eu os amo tanto quanto amo você. Eles podem não se vestir como você, ou falar como você, ou levar a mesma vida que você leva, mas ainda assim, amo todos vocês. Por favor, tentem se entender, por amor a Mim.
Eu criei cada um de vocês diferente em algum aspecto. Seria muito entediante se vocês fossem todos idênticos. Por favor, saiba que Eu amo cada uma de suas diferenças.
10. AME A SI MESMO:
Tanto quanto Eu amo você, como você pode não se amar? Vocês foram criados por Mim por uma única razão – para ser amados, e amar em troca. Eu Sou um Deus de Amor. Ame-Me. Ame seu próximo. Mas também ame a si mesmo. Meu coração dói quando o vejo tão furioso com você mesmo quando as coisas dão errado. Você é muito precioso para Mim. Nunca se esqueça disso.
1. PARE DE PREOCUPAR-SE:
A vida lhe propiciou um golpe, e tudo o que você faz é se sentar e se atormentar. Você esqueceu que Eu estou aqui para tomar todos seus fardos e carregá-los para você? Ou você apenas gosta de se enervar com cada coisinha que atravessa seu caminho?
2. COLOQUE NA LISTA:
Alguma coisa precisa ser feita ou assumida. Coloque na lista. Não, não na SUA lista. Coloque na MINHA lista de coisas a fazer. Deixe que EU seja quem cuida do problema. Não posso ajudá-lo até que você o entregue a Mim. E embora Minha lista de coisas a fazer seja longa, Eu Sou, afinal de contas, Deus. Posso cuidar de qualquer coisa que você colocar em Minhas mãos. De fato, se a verdade, alguma vez, fosse realmente conhecida, Eu cuido de muitas coisas por você que você nem sequer percebe.
3. CONFIE EM MIM:
Uma vez que você entrega seus fardos para Mim, pare de tentar tomá-los de volta. Confie em Mim. Tenha a fé de que Eu vou cuidar de todas as suas necessidades, seus problemas e seus desafios. Problemas com as crianças? Coloque-os na Minha lista. Problemas financeiros? Coloque-os na Minha lista. Problemas com sua montanha russa emocional? Por amor a Mim, coloque-os na Minha lista. Eu quero ajudá-lo. Tudo o que você precisa fazer é pedir.
4. NÃO INTERVENHA, DEIXE-O EM PAZ:
Não levante certa manhã e diga:“Bem, estou-me sentindo muito mais forte agora, acho que posso assumir a partir daqui”. Por que você pensa que está se sentindo mais forte agora? É simples. Você Me entregou seus fardos, e Eu estou cuidando deles. Também renovo sua força e cubro você com Minha Paz. Você não percebe que, se Eu lhe desse novamente esses problemas, você voltaria exatamente ao ponto de partida? Deixe esses problemas Comigo e esqueça-se deles. Apenas Me deixe fazer Meu trabalho.
5. CONVERSE COMIGO:
Quero que você se esqueça de muitas coisas. Esqueça-se do que estava deixando você louco. Esqueça-se das preocupações e aborrecimentos, porque você sabe que Eu estou no controle. Mas aqui há outra coisa que eu suplico que você nunca esqueça. Por favor, não se esqueça de falar Comigo - COM FREQÜÊNCIA! Eu amo VOCÊ! Quero escutar sua voz. Quero que você Me inclua nas coisas que estão acontecendo em sua vida. Quero ouvir você falar de seus amigos e família. Orar é simplesmente ter uma conversa Comigo. Eu quero ser seu amigo mais querido.
6. TENHA FÉ:
Vejo muitas coisas daqui de cima que você não pode ver de onde você está. Tenha fé em Mim, pois sei o que estou fazendo. Confie em Mim; você não ia querer ver tudo com Meus olhos. Continuarei cuidando de você, protegendo-o e atendendo suas necessidades. Você apenas precisa confiar em Mim. Embora Eu tenha uma tarefa muito maior que a sua, parece como se você tivesse imenso trabalho apenas fazendo sua simples parte. Quão difícil pode ser confiar?
7. COMPARTILHE:
Ensinaram você a compartilhar quando você tinha apenas dois anos de idade. Quando foi que você esqueceu? Aquela regra ainda se aplica. Compartilhe com aqueles que são menos afortunados do que você. Compartilhe sua alegria com aqueles que precisam de incentivo. Compartilhe seu riso com aqueles que, há muito, não ouvem risos. Compartilhe suas lágrimas com aqueles que esqueceram como chorar. Compartilhe sua fé com aqueles que não têm fé alguma.
8. SEJA PACIENTE:
Consegui organizar tudo de forma que, no período de apenas uma vida, você pudesse ter tantas experiências e tão diversas. Você cresce de criança a adulto, tem filhos, muda de empregos muitas vezes, aprende vários ofícios, viaja a tantos lugares, encontra milhares de pessoas e experimenta tantas coisas. Como você pode ser tão impaciente quando Me leva um pouco mais de tempo do que você esperava dar conta de algo na Minha lista de coisas a fazer? Confie na Minha capacidade de escolher o momento oportuno, pois Meu sentido do tempo é perfeito. Apenas porque Eu criei todo o universo em um instante, todos acreditam que eu devo fazer tudo com pressa, pressa, pressa.
9. SEJA GENTIL:
Seja gentil com os outros, pois eu os amo tanto quanto amo você. Eles podem não se vestir como você, ou falar como você, ou levar a mesma vida que você leva, mas ainda assim, amo todos vocês. Por favor, tentem se entender, por amor a Mim.
Eu criei cada um de vocês diferente em algum aspecto. Seria muito entediante se vocês fossem todos idênticos. Por favor, saiba que Eu amo cada uma de suas diferenças.
10. AME A SI MESMO:
Tanto quanto Eu amo você, como você pode não se amar? Vocês foram criados por Mim por uma única razão – para ser amados, e amar em troca. Eu Sou um Deus de Amor. Ame-Me. Ame seu próximo. Mas também ame a si mesmo. Meu coração dói quando o vejo tão furioso com você mesmo quando as coisas dão errado. Você é muito precioso para Mim. Nunca se esqueça disso.
E por saber que
somos todos muito importantes para Deus, nos entregamos a Ele. Entregues aos
seus cuidados, podemos seguir inspirando a paz e expirando o amor.
Querido Vô, sua presença em minha vida é uma das provas que Deus me deu do quanto sou importante para Ele. Siga sua jornada inspirando a paz e expirando amor. Nós por aqui estaremos fazendo mesmo, como aprendemos com você. Gratidão eterna!
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Despertador do Amor
Isso que consideramos hoje como sendo nossa vida não passa de um breve intervalo entre o nascimento e a morte. Não é muito diferente de um sonho. E dentro deste sonho, prazer e sofrimento alternam-se incessantemente. Não encontramos paz definitiva.
Precisamos acordar. O que nos mantém adormecidos é o egoísmo, que surge da ideia equivocada que somos um eu separado. Para acordar, precisamos de um bom despertador. Só existe um despertador realmente capaz de nos fazer despertar do sonho. O nome deste despertador é amor. Quando nosso ouvido interno ouve o chamado do amor, quando seguimos este amor que ouvimos, acordamos! Abrimos os olhos e só vemos amor.
Temos que programar com absoluta perfeição este despertador, pois ele só funciona em um determinado horário. Se for programado fora deste horário ele não toca. Portanto, saibam que este horário divino chama-se: Agora.
Carlos Henrique Viard Junior
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Todos os Mestres, todos os Avatares são pontos de Luz!
Conhece a Verdade e ela te libertará! Só existe um bem, que é a Sabedoria; só existe um mal, que é a ignorância. Conhece-te a ti mesmo e assim conhecerás Deus e o Universo. O ódio não cessa pelo ódio, mas só cessa pelo amor. Ame a todos, sirva a todos...
Ao olharmos para o oceano, vemos o mar, vemos as ondas, vemos a espuma que se forma quando as ondas quebram. Parece que estamos vendo vários fenômenos diferentes, mas estamos, em verdade, vendo somente água. Oceano, mar, ondas, espuma... Somente água! Onde parece haver muitos, há apenas um.
Da mesma maneira, dizem os grandes mestres, tudo que existe neste mundo, que parece revelar-se como imensa pluralidade, é somente O Um manifestando-se através de inúmeros nomes e formas. Tudo é Deus! Incluindo você, eu, nossos corpos e nossas mentes.
A multiplicidade é uma ilusão. Sentimo-nos separados uns dos outros, sentimo-nos separados de Deus. Quando, iludidos, sofremos, estamos presos à ilusão e logo ao sofrimento. Todos os grandes mestres afirmam que Deus é Amor e que Ele é onipresente, onipotente e onisciente. Sendo assim, como, em realidade, tu, eu e tudo mais que existe não é Deus? Se existir qualquer coisa que não seja Deus, Ele deixará de ser onipresente, não é mesmo? E sendo Ele puro Amor, como justificar tanto sofrimento ao nosso redor? Será que vemos as coisas como realmente são?
Conhece a Verdade e ela te libertará! A vida que temos como real é uma limitada percepção sensória interpretada pela mente confusa. É como se, neste momento, fossemos ondas no oceano, ignorando nossa identidade essencial: a água. Estamos temendo o momento em que vamos quebrar-nos e desfazer-nos, virando espuma e logo desaparecendo. Mas, surgindo em nós à sabedoria de que somos, em realidade, água manifestando-se através de muitas formas diferentes, o medo não surgiria. Pois, independentemente de todas as transformações no mundo da multiplicidade, nada é capaz de afetar a realidade da Unidade.
Assim, para obtermos paz, tranquilidade e segurança, nenhum conhecimento dentro desta idéia equivoca de que somos separados é de grande valia. Quando despertarmos para o grande conhecimento, sem nenhum esforço estaremos em paz, tranqüilos e seguros. Só existe um bem, que é a Sabedoria; só existe um mal, que é a ignorância.
Quem olha para fora dorme. Quem olha para dentro acorda. Tudo que vemos, quando identificados com o “lado de fora”, é semelhante a um sonho. Quando despertamos de um sonho, vemos que todos aqueles acontecimentos, por mais que parecessem sê-lo, não eram reais. Independentemente de serem bons ou ruins, não eram reais. E, durante o sonho, não tínhamos essa noção de irrealidade. Da mesma forma, vivemos esta vida considerando-a como real. Quando vamos acordar? Quando vamos conhecer o sonhador? Conhece-te a ti mesmo e assim conhecerás Deus e o Universo.
Muitas vezes, chamamos o sonho ou a ilusão de escuridão, e a realidade ou a Sabedoria, de Luz. Dentro desta vida irreal, deste sonho, deparamos com seres extraordinários. Eles afirmam que não somos quem pensamos que somos e que a realidade não é o que entendemos como realidade. Dizem: “Quem vê o irreal como real jamais verá o real, embora seja somente o real que exista”. Estes são Aqueles que olharam para dentro e viram! Estes são Aqueles que despertaram, os verdadeiros mestres, os avatares. Todos os mestres, todos os avatares (encarnações divinas autoesclarecidas), são pontos de luz! Quando reconhecemos que, por muito tempo, estamos sendo norteados pela escuridão de nossa ignorância e que, dentro dela, o sofrimento é inevitável, estamos prontos para aceitar a Luz da Sabedoria dos seres despertos.
Lembremos que só existe uma Luz. E essa Luz revela-se através de toda aparente multiplicidade. Tudo é Luz! Todos os mestres, por diferentes que possam parecer, revelam (e são) a mesma Luz. Por terem surgido em épocas distintas, localidades distintas, falando línguas diferentes e vivendo em cultura diferentes suas mensagens trazem as características dessas condições. Mas, essencialmente, passam-nos a mesma mensagem, concedem-nos as mesmas graças, apontam-nos o mesmo caminho: o caminho da Luz, da Verdade, do Autoconhecimento, do Amor.
Quando decidimos seguir o mestre, amando verdadeiramente, isto é, incondicionalmente, quando tomamos tal decisão e decidimos praticar tal aspiração, confrontamo-nos com uma série de obstáculos internos: mágoas, medos, desconfianças, egoísmo... Para muitos, parece impossível a missão do Amor.
Quando decidimos seguir o mestre, amando verdadeiramente, isto é, incondicionalmente, quando tomamos tal decisão e decidimos praticar tal aspiração, confrontamo-nos com uma série de obstáculos internos: mágoas, medos, desconfianças, egoísmo... Para muitos, parece impossível a missão do Amor.
Então decidimos não mais sentir mágoas, medos, desconfianças, egoísmo... Mas continuam surgindo! Podemos pensar assim: “Se eu não desejo estes sentimentos por reconhecer que são nocivos e, mesmo assim, eles seguem aparecendo, isso significa que estes sentimentos não sou eu. Num primeiro momento, eles parecem arrastar-me, mas, aprendendo a observá-los sem identificar-me com eles, poderei ver que não se justificam e não tem real poder sobre mim”. Nesse momento abrirei uma brecha para o Amor. Olha internamente com amor, acolhe tua sombra com amor. O ódio não cessa pelo ódio, mas só cessa pelo amor.
Sendo tudo Deus, quando agredimos o “outro", agredimos Deus, agredimos a nós mesmos. Sejamos pacificadores e seremos chamados de bons filhos de Deus.
Sendo tudo Deus, quando agredimos o “outro", agredimos Deus, agredimos a nós mesmos. Sejamos pacificadores e seremos chamados de bons filhos de Deus.
Honremos os mestres, honremos os avatares: Buda, Cristo, Krishna, Rama, Ramana, Sathya Sai Baba, Yogananda, Maria, Dalai Lama, Thich Nhat Hanh, Hermógenes, Edward Bach, Mikao Usui, Chico Xavier, Mandela, Alan Kardec, Sócrates, Platão, C. G. Jung, Vivekananda, Francisco de Assis, Huberto Rohden e tantos outros...
Mãos que servem são mais santas que bocas que oram, ensina o Avatar desta era. É claro que bocas que realmente oram são santas, mas a verdadeira oração revela-se como serviço altruísta. Assim, nunca percamos qualquer oportunidade de servir, de amar. Amar ao próximo é amar a Deus, é amar a si mesmo. Ama teu próximo como a ti mesmo. Acende a luz do amor em teu coração, e ela iluminará sempre o teu caminho. Ama a todos. Serve a todos.
Com Amor e Gratidão por todos os Mestres, todos os Avatares. Que sempre estejam vivos em todos os corações!
Texto: Carlos Henrique Viard Junior
Revisão: Eraldo Amay
"Primeiro ser, segundo agir e terceiro falar".
Sathya Sai Baba
Imagine um homem que sabe tudo sobre sementes, de onde elas vêm, quais os seus nomes científicos, quanto tempo elas levam para germinar, seus climas favoritos e suas estações prediletas.
Este homem é capaz de dar aulas sobre sementes, vive falando a respeito delas.
Ele vive num local em que o solo é muito rico e a mãe natureza gentilmente disponibiliza para ele uma imensa variedade de sementes.
Você deve estar pensando, que homem feliz. Que homem realizado! Mas não. Este homem passa fome! Acredite, ele passa fome. Pois nunca plantou uma só semente.
História absurda! Será mesmo?
Pense na humanidade atual. Milhares de religiões, bilhões de "religiosos", seguindo os ensinamentos de preciosos mestres, seguindo ou repetindo seus ensinamentos?
Sabem onde nasceram os mestres, quantos anos viveram, em que época e o que ensinavam. Vivem repetindo estas informações, segundo suas tradições, às vezes até discutem para ver quem sabe mais.
Sendo assim, esta humanidade deveria estar evoluindo, construindo sociedades justas, cultivando bons hábitos, ajudando o mundo a melhorar. Mas não é isto que constatamos.
Os exemplos e ensinamentos dos grandes mestres, que equivalem às sementes da história anterior, não são praticados, da mesma maneira que as sementes não eram plantadas.
Todo ser humano tem um corpo, que deveria ser reconhecido como um templo onde habita A Divindade, este corpo é o terreno mais fértil que existe e nele devem ser plantadas as sementes da sabedoria. Cultivadas estas sementes Sua Divindade tornar-se-á evidente e a tudo iluminará.
Sementes tais como, amor, verdade, retidão, compaixão, paz, não-violência, contentamento, preceitos comuns a todas grandes tradições espirituais.
Hoje em dia falamos sobre os "ensinamentos-sementes", damos aulas, pregamos, existem até mesmo cursos de graduação sobre o tema. Mas dificilmente colocamos os ensinamentos em prática, dificilmente plantamos as preciosas sementes no mais íntimo de nosso ser. E o resultado disto é a miséria humana que presenciamos hoje. A fome de paz e harmonia. Agora sim, um verdadeiro absurdo!
Toda semente quando plantada na terra tem que conhecer a escuridão. Deve até sentir-se sufocada. Como conseqüência busca uma saída e inicia um movimento de expansão. Durante seu desenvolvimento se esforça sem cessar em busca da sua liberdade.
Compreendendo que a escuridão é apenas uma etapa em seu processo de desenvolvimento, necessária para sua evolução; a semente inicia seu processo de transformação indo à busca da luz. Já com o entendimento que a luz sempre esteve presente em sua existência. Mesmo quando só podia perceber a escuridão era a luz que a alimentava e criava as condições necessárias para o seu desenvolvimento.
Chegada a hora de sua primeira experiência consciente com a luz a semente percebe que não é mais apenas uma semente e tem seu primeiro vislumbre daquilo que chamam de liberdade.
Convicta de trilhar o caminho correto cresce sempre em direção a luz e entende que este é o caminho que elimina a escuridão. Quanto mais se aproxima da luz mais forte se sente, sua beleza torna-se cada vez mais encantadora e percebe que começa a produzir frutos e flores. Transforma-se num ser abençoado.
Doa infinitamente sem fazer distinções. Sabe que é uma filha da luz, sabe que todos somos filhos e filhas desta mesma luz. Uma semente plantada e cultivada com amor revela Deus.
Que o ser humano plante em seu coração as sementes das virtudes e que as cultive com plena atenção.
Que o ser humano reconheça o valor e a importância desta vida.
Que o ser humano caminhe sempre em direção a Deus.
Que o ser humano sinta alegria em ajudar e compartilhar.
Que o ser humano primeiro seja, para depois fazer e, se achar necessário, por último falar.
Professor Carlos Henrique Viard Junior
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