A paz verdadeira não pode ser pensada nem
entendida. Não se encontra nos limites
da mente pensante. Transcende toda
dualidade. Quando estamos realmente em paz, não temos como compará-la com
nenhuma experiência anterior, pois ela não pode ser encontrada no passado.
Também não podemos imaginá-la. Ela não tem nenhuma relação com algo que possa
acontecer no futuro.
Quando, olhando para trás, encontramos
momentos de paz, não devemos considerar essa paz como verdadeira. Lembremos que
algo verdadeiro é permanente. Se a paz da qual nos lembramos terminou em algum
momento, não era realmente a paz que buscamos despertar aqui, mas apenas um
desejo realizado, ou um perigo eliminado.
Você pode pensar que essa paz permanente
não existe: “Não me lembro de nada parecido com isso; uma paz que não termine
nunca acontecerá!”. Pensando assim, você está tentando entender essa paz a
partir da comparação e da imaginação! Mas a Paz do Momento Presente é
incomparável e inimaginável.
Precisamos abrir-nos a uma consciência não
acessada habitualmente, que não
acessamos por estarmos presos a
uma consciência limitada pelo tempo. A identificação com o passado e o futuro
não nos permite acessar uma consciência mais sutil. Quando acessada, sabemos
imediatamente o quanto são verdadeiras estas palavras dos Senhores Buda e Jesus:
Buda – “A
paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta”.
Jesus – “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
não vo-la dou como o mundo a dá”.
É chegada a hora de o “homem velho morrer,
para que o homem novo possa nascer”. Essa hora é o agora. É hora de
experimentar que “sempre parece impossível, até que
seja feito”. Não siga escolhendo aquilo que é “menos pior”; saiba que o mundo
não pode oferecer-lhe mais que isso. Então vá além do que o mundo lhe oferece.
Deixe de viver como mendigo (implorando paz ao mundo), para que possa viver
como um Rei.
Mais uma vez, lembremo-nos de
Jesus, o Rei dos Reis: “Meu Reino não é deste mundo”. Tenha coragem de escolher
Aquilo que é realmente bom. Vá em frente! Siga praticando. Não abandone a
disciplina espiritual até saber por si mesmo que “o passado não existe mais, o
futuro ainda não chegou, o encontro com a vida acontece no momento presente”. E,
encontrando-se com a vida verdadeira (eterna), possa vivenciar as palavras do
Mestre: “No mundo, tereis aflições. Mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo”.
Vença o mundo! Aqui e
agora!
Texto: Carlos Henrique Viard Junior
Revisão e acréscimos: Eraldo Amay
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